Comissão de Saúde quer união com prefeito de Araraquara para normalizar neurocirurgias
Realização dos procedimentos foi interrompida em Araraquara no dia 6 de abril
Os vereadores da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Carlos, presidida pelo vereador Lucão Fernandes e integrada por Cidinha do Oncológico e Sérgio Rocha, pretendem se reunir com o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, para buscar equacionar o problema da suspensão de neurocirurgias pelo SUS na cidade vizinha, que passaram a ser realizadas pela Santa Casa de São Carlos.
A realização dos procedimentos foi interrompida em Araraquara no dia 6 de abril, quando a equipe especializada rescindiu contrato com a Santa Casa daquela cidade. Desde então os pacientes foram direcionados para São Carlos.
Para Lucão Fernandes, os poderes públicos de ambos os municípios devem unir forças para buscar uma solução a fim de que o atendimento se normalize o quanto antes. “A transferência é dramática para os pacientes de Araraquara e impacta o sistema de saúde de nossa cidade, que fica sobrecarregado diante do grande aumento da demanda de neurocirurgias”, disse.
O vereador destacou que São Carlos e Araraquara obtiveram êxito sempre que se uniram em prol de demandas mais importantes para a comunidade: “A saúde pública é um direito constitucional e nosso intuito (da Comissão de Saúde) é ajudar Araraquara a recuperar esse serviço e solucionar o impasse criado pela suspensão das neurocirurgias”.
“Todas as vidas importam e essa situação não pode perdurar indefinidamente”, acrescentou. Na região central do estado – que concentra uma população de 1 milhão de habitantes – , somente as duas Santas Casas têm condições de fazer os procedimentos neurocirúrgicos, que são de alta complexidade. Com a interrupção do serviço em Araraquara, a Santa Casa de São Carlos passou a arcar com toda a demanda.
A Comissão de Saúde já entrou em contato com a assessoria do prefeito Edinho Silva e busca agendar o encontro para a próxima semana e também discutir o assunto com o Departamento Regional de Saúde (DRS-III).
PRIORIDADE EM LICITAÇÕES PARA COMPRA DE INSUMOS CONTRA COVID E DENGUE
Os vereadores da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Lucão Fernandes e integrada por Cidinha do Oncológico e Sérgio Rocha, encaminharam ofício ao prefeito Airton Garcia, solicitando prioridade na tramitação de processos de compra e aquisição de insumos, materiais, medicações e serviços da secretaria municipal de Saúde, para enfrentamento do crescente número de casos de covid-19 e dengue no município.
Os parlamentares afirmam que essa é uma “medida que se impõe como dever constitucional do município” e manifestam “preocupação quanto à prestação do serviço de saúde, de caráter essencial”, em São Carlos.
A Comissão atua no sentido de fazer cumprir o preceito constitucional que determina que “a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, sendo seu acesso universal e igualitário”.
Entendem os vereadores que, “diante da alarmante elevação do número de infecções a celeridade e eficiência da administração são fundamentais para que possamos preservar e salvar vidas, prestando serviços de saúde para a toda a população são-carlense com a excelência necessária”.
No ofício, defendem a “necessidade de se obter todos os insumos indispensáveis à manutenção da vida e saúde de toda população, bem como os demais materiais, medicamentos e serviços para a área da saúde municipal de forma célere e eficiente”. Segundo observam, a Prefeitura deve atuar “para que não haja desabastecimento destes insumos ou a paralisação dos atendimentos e procedimentos pela ineficiência na aquisição de materiais pela burocracia da máquina administrativa”.
O apelo endereçado ao chefe do Executivo pondera que pedidos, solicitações e requisições de insumos, medicamentos, materiais e serviços são feitos pela secretaria municipal de Saúde ao Departamento de Licitações, sendo obedecida a ordem de chegada dessas requisições.
“Deve-se ter em mente a imperiosa priorização na tramitação desses processos licitatórios, uma vez que muitas vidas dependem dessa providência, capaz de determinar a qualidade do serviço de saúde prestado pelo município”, concluem.