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Cortes em salário de autoridade vira bandeira política no combate à covid-19

07/04/2020 00h04 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Cortes em salário de autoridade vira bandeira política no combate à covid-19 Foto: Divulgação / ALESP

Ideias que visam redução salarial de políticos ganham força em meio à pandemia

O avanço do coronavírus no Brasil deflagrou um movimento pela redução salarial de autoridades públicas como prefeitos, secretários, vereadores e deputados. Em São Paulo, ainda que haja resistência, a ideia se converteu em projetos no Legislativo estadual e em câmaras municipais, até com adesão de grupos como o Vem Pra Rua.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o partido Novo apresentou quatro propostas de redução salarial escalonada, chegando a propor cortes não só para deputados e comissionados, mas também para servidores concursados. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que as proposições enfrentam resistência entre os deputados, que discutiram a proposta em um grupo de WhatsApp.
Líder do PSDB na Alesp, a deputada Carla Morando disse que a ideia de reduzir o salário dos deputados tem a oposição daqueles que dizem depender do salário para pagar contas. “Há uma resistência grande de deputados que dizem ter o salário contado para o sustento da família. Eu, que doei meu salário, defendo que o poder público tem que aceitar uma redução para combater o coronavírus”, disse.
A deputada Janaina Paschoal (PSL) apresentou um projeto de resolução que prevê a transferência de recursos de verba de gabinete e de parte do salário dos deputados ao Tesouro Estadual para o combate à covid-19. Ela defende que o salário dos deputados seja reduzido em 59% durante a calamidade e que sejam suspensas a gratificações especiais da Casa.
A parlamentar assina um projeto que prevê a destinação de 50% a 95% da verba de gabinete dos deputados (pouco mais de R$ 30 mil por mês para cada um), além das emendas, para um fundo de combate à covid-19. “O exemplo poderá, em alguma medida, incentivar o Poder Judiciário a também desvincular seu elevado fundo para o combate aos efeitos da pandemia”, justifica a deputada.
O presidente estadual do PSDB paulista, Marco Vinholi, defende que a iniciativa também atinja
outros municípios. O partido comanda 220 prefeituras em São Paulo. “É fundamental que os gestores diminuam o custeio da máquina pública. Momento de apertar os cintos, criando pontes para atravessar o período de pandemia”, afirmou.

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