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CPFL ‘lava as mãos’ se São Carlos instalar iluminação de LED

16/06/2019 08h10 - Atualizado há 5 anos Publicado por: Redação
CPFL ‘lava as mãos’ se São Carlos instalar iluminação de LED

Companhia de Energia Elétrica afirma que trabalha apenas com lâmpadas de vapor de sódio e se Prefeitura quiser modernizar a iluminação, o problema é dela

A Câmara de São Carlos promoveu, na última sexta-feira, 14, uma audiência pública para debater as constantes interrupções no fornecimento de energia pela CPFL. O encontro foi proposto pelo vereador Roselei Françoso (Rede). Participaram o gerente de operação da companhia, André Marques e o gerente Julio Cesar de Oliveira. Apesar das críticas da população, os representantes da empresa tentaram amenizar as críticas. A Prefeitura de São Carlos anunciou, recentemente, a intenção de renovar o Parque de Iluminação pública com lâmpadas de LED, contudo a CPFL deixou o recado: não trabalha com esse produto. “A CPFL trabalha, exclusivamente, com lâmpadas de vapor de sódio. Não damos manutenções em lâmpadas de
LED”, avisou Marques.
O gerente de Operações da empresa explicou que, em São Carlos, trabalham duas equipes para manutenção. Eles atuam na cidade e em Ibaté, com uma média de troca de 35 lâmpadas queimadas por dia, de 70 reclamações no mesmo período.
Sobre as interrupções no fornecimento, Marques enumerou as principais causas em percentuais: 43% estão relacionadas a descargas elétricas, ventos e outras intempéries; 22% estão relacionadas às manutenções e acidentes com animais e 35% são classificadas como outras causas (furtos de cabos e abalroamento de veículos em postes).
Sobre os postes, recentemente, a CPFL divulgou as estatísticas. São Carlos é a cidade da região que registrou maior número de colisões de veículos contra postes, foram 40 ocorrências entre janeiro e abril deste ano.  No ano passado, a empresa de abastecimento de energia registrou 335 colisões que geraram falta de energia em diversos bairros. No balanço de 2018, Araraquara liderou o ranking com 124 casos, seguida por São Carlos, tendo 105 casos registrados.
De acordo com os dados da CPFL, as 335 ocorrências representam uma redução de 7,7% em relação aos 363 casos de interrupção do fornecimento pelo mesmo fator em 2017.
Vegetação
Outro problema apontado pela companhia, é a falta de poda em árvores. “Temos duas equipes que fazem a poda de livramento da vegetação em linhas de transmissão, porém o manejo é de responsabilidade da Prefeitura”, disse Marques.
Ainda sobre as interrupções de energia, Marques defendeu que São Carlos está abaixo da média registrada no Brasil. Segundo ele, a média registrada é de 12 horas por ano sem energia. São Carlos apresenta, no mesmo período, 6h46 sem energia. Destas, 1h43 está relacionada à manutenção da rede. “No Brasil, a média é de 7 interrupções por ano; em São Carlos, 4,9”, disse.
Apesar de todas as explicações, alguns consumidores que participaram do encontro expressaram a sua insatisfação com os serviços. Os moradores do Swiss Park e Parque Faber, por exemplo, elaboraram um abaixo-assinado com 500 assinaturas. No documento, eles reclamam das interrupções no fornecimento de energia. A diretora do Procon, Juliana Cortes, reafirmou que os problemas de interrupção no fornecimento de energia é real, contudo os consumidores precisam criar o hábito de formalizar as reclamações no órgão de defesa do consumidor. “O ótimo é o inimigo do bom, então eu penso que se a CPFL não dispõe manutenção para a iluminação por LED. Acredito que a cidade precisa trabalhar com situações factíveis. Não adianta instalar LED se a Prefeitura está autorizada a fazer a manutenção”, comentou o vereador Roselei Françoso.

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