Crivella vai pedir liberação do FGTS para trabalhadores do Rio
Prefeito vai conversar com Paulo Guedes nesta sexta
O prefeito Marcelo Crivella disse nesta última
quinta-feira (26) que vai pedir ao governo federal para que libere o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de trabalhadores do município do Rio
durante o impacto da crise do novo coronavírus. Crivella informou vai conversar
com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta sexta-feira (27), no Rio e
reforçar o pedido. A proposta é que motoristas de ônibus urbanos e dos ônibus
articulados, BRT e profissionais autônomos, como taxistas, ambulantes e
produtores culturais, que vivem da arte nas ruas, possam fazer o saque, caso
tenham dinheiro depositado nas contas do FGTS.
De acordo com Crivella, com o afastamento social, que tirou as pessoas das
ruas, essas categorias ficaram sem renda. A liberação do dinheiro ajudaria
milhares de profissionais a comprar alimento e pagar suas contas.
“Se o governo federal puder liberar o FGTS para esses motoristas e produtores
culturais, que são 50 mil na cidade, e os ambulantes, além de motoristas de
táxi e de aplicativos, seria uma grande ajuda. Ter acesso às suas poupanças vai
permitir sobreviver neste momento de baixa demanda”, disse.
Isolamento social
O prefeito reafirmou à população que siga as orientações e permaneça em
afastamento social. Ele afirmou que em 15 dias as medidas de restrição poderão
ser revistas aos poucos, caso o ritmo de contágio diminua. Para minimizar o
impacto na economia, Crivella disse que autorizou lojas de conveniência em
postos de gasolina e casas de material de construção a reabrirem a partir desta
sexta-feira.
Crivella disse que liberou a reabertura das casas de material de construção
porque a indústria de construção civil precisa continuar trabalhando. “Onde é
que eles vão comprar cimento, areia, pedra, aço, madeira, tubo, fio elétrico?
Eles vão comprar nesse mercado. Então abrimos”, explicou.
A declaração foi feita durante serviço de desinfecção nos trens da Central do
Brasil — uma ação dos militares das Forças Armadas, que atuam em parceria com a
prefeitura contra a covid-19.
“Quero agradecer às Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica, que estão
fazendo um trabalho extraordinário na cidade do Rio de Janeiro de desinfecção
dos meios de transporte de massa. Vão também para os ônibus, depois a estação
do Metrô trabalhando de madrugada, assim como nas barcas e no VLT. Esta foi uma
solicitação que o secretário de Transportes [Paulo Cesar Amendola de Souza] e
eu fizemos ao general Júlio Cesar Arruda, Comandante Militar do Leste”, disse o
prefeito.
O general disse que o serviço será feito fora do horário de funcionamento dos
meios de transporte para não
prejudicar o público.
“Essa desinfecção nos veículos e instalações usados por grande número de
pessoas é feita fora do horário de funcionamento ao público por técnicos do
Exército e da Marinha com essa expertise. É um trabalho complementar, porque a
Companhia de Limpeza Urbana [Comlurb] já faz também esse serviço”, disse o
general.
As ações da prefeitura do Rio de desinfecção de locais com grande movimentação
e concentração de pessoas para
reduzir riscos de contágio pelo novo coronavirus começaram na última
terça-feira (24). A Comlurb fez a higienização de pontos de ônibus, acessos às
estações de metrô, BRT, barcas e trem, Central do Brasil, Rodoviária Novo Rio e
entorno dos principais hospitais municipais e estaduais.