Diretórios começam a gotejar recursos do Fundo Partidário
Prefeito preferiu não divulgar receitas e despesas no DivulgaCand
O polêmico Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido popularmente como Fundo Partidário, já caiu nas contas bancárias de diversos prefeituráveis de São Carlos. Este recurso é utilizado para custear os variados gastos eleitorais, entre estes: mobiliário, mantimentos, aluguel e contas de água e luz do comitê de campanha, despesas com pessoal, materiais de propaganda impresso, custos de rádio e TV, entre outros. O Tesouro Nacional deposita dinheiro mensalmente em uma conta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responsável pela divisão e repasse aos partidos. Um levantamento do Poder360 baseado nas prestações de contas parciais das campanhas, disponíveis no site do TSE, aponta que 80% do FEFC foi destinado para 0,8% do total de candidatos deste pleito.
O TSE determinou até este último domingo (25) para que todas as movimentações financeiras parciais realizadas por partidos políticos, coligação e candidatos fossem registradas no Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE). Este procedimento deve discriminar o uso das fontes monetárias, desde o início da campanha até o momento. A recomendação é de que os dados fossem enviados de forma antecipada evitando sobrecarga na rede do sistema. Quem não apresentar a prestação de contas ou apresentar contendo alguma irregularidade estará cometendo uma infração grave. Até mesmo candidatos com o registro indeferido devem apresentar os dados para o SPCE. Todos os dados registrados serão divulgados pelo TSE no dia 27 (terça).
Poderio tucano
De acordo com a ferramenta DivulgaCand que já registra algumas movimentações, a legenda são-carlense que mais recebeu recursos do FEFC foi o PSDB com R$ 98,5 mil do diretório municipal e R$ 60 mil do diretório nacional totalizando R$ 158,5 mil. Em seguida vários diretórios estaduais repassaram verbas para suas respectivas legendas, entre estas: mais de R$ 86 mil do PT, R$ 70 mil Solidariedade, R$ 50 mil PSB, R$ 21 mil Republicanos e R$ 20 mil Patriota. O candidato Airton Garcia (PSL) não divulgou qualquer receita ou despesa, procedimento semelhante ao de Mestre Taroba Capoeira (Avante). Júlio César (PL) e Professor Ronaldo Mota (PSOL) não receberam Fundo Partidário, mas divulgam algumas doações e gastos. Marina Melo (PSD) também não contabilizou nenhuma receita, mas expõe alguns gastos. Antônio Sasso (Pode) não prestou qualquer tipo de prestação de conta.