Disputa deve ter 6 candidatos a prefeito
A disputa pela sucessão do prefeito Oswaldo Barba (PT) terá nada menos do que seis candidatos. Além do próprio petista, que concorre à reeleição, com apoio de dez partidos (PT, PTB, PDT, PCdoB, PSC, PSB, PTC, PR, PSD e PV), estarão no páreo dois fortes concorrentes: o tucano Paulo Altomani (PSDB, DEM, PHS, PSL, PTN, PT do B e PSDC) e Eduardo Cotrim (PMDB, PP, PPS e PRP).
O PT (Partido dos Trabalhadores) realiza sua convenção no Instituto Cultural Ítalo Brasileiro (Icib), a partir das 10h, quando, além de confirmar a candidatura de Barba e referendar a coligação com os demais partidos, também definirá os candidatos a vereadores e as coligações da base aliada. Perto dali, o PSDB e os partidos que lhe dão apoio estarão realizando a sua convenção a partir das 9h na sede da Aeasc (Associação dos Engenheiros). Nesta reunião terá que ser definido o nome do candidato a vice-prefeito. O PMDB e o Bloco Democrático realizarão uma grande festa a partir das 16h no CPP (Centro do Professorado Paulista) na Vila Prado para apresentar a chapa de vereadores e também o candidato a vice-prefeito na chapa de Cotrim.
Barba tem a seu favor o fato de ser governo. Se por um lado será o principal alvo dos demais candidatos, que vão atacar os pontos falhos do seu governo, por outro terá uma folha de serviços para apresentar e o apoio do deputado federal Newton Lima (PT-SP), com a exceção das eleições gerais de 1998, quando foi candidato a vice-governador na chapa de Marta Suplicy, venceu todas as eleições que disputou até agora. Por outro lado, os 12 anos de governos do PT geram um grande desgaste. Por outro lado, os dez partidos garantiram ao candidato um amplo espaço no horário eleitoral gratuito.
Altomani fará sua sexta tentativa de chegar ao comando da Prefeitura de São Carlos. Candidato em 1992 pelo PL e em 1996, 2000, 2004 e 2008 pelo PSDB, embora não tenha vencido, sempre obteve ótimas votações, o que o coloca como o principal adversário de Barba.
Embora a Frente Ampla – coligação que prometia reunir toda a oposição em apoio a apenas uma candidatura – não tenha se firmado, o tucano conta com apoio do DEM e outros cinco pequenos partidos para finalmente vencer a disputa municipal. Um de seus principais trunfos é o apoio do governador Geraldo Alckmin, que costuma somar 70% dos votos de São Carlos.
Cotrim entra na corrida eleitoral após participar durante oito anos das gestões de Newton Lima (2005-2008) e Barba (2009-2012). Ele comandou o Saae, a autarquia que cuida do saneamento básico do município e teve papel fundamental na construção da Estação de Tratamento de Esgoto, uma das maiores obras da história de São Carlos. Grande articulador e peemedebista desde o nascimento do partido, Cotrim, ao lançar-se como candidato, realiza um sonho antigo. Na campanha atual, ele terá o apoio de velhos colegas do PMDB dos anos 1970 e 80, como o ex-prefeito Dagnone de Melo e o hoje presidente do PPS, Azuaite Martins de França. Cotrim tentará, como já anunciou, ser uma opção entre “o ranço da oposição e a fadiga da situação”.
PEQUENOS – Na outra ponta da disputa estarão três candidatos que podemos chamar de “franco-atiradores”. O professor universitário José Benedito Sacomano (PPL), fundador do partido, é o candidato a prefeito com sua correligionária Mirlene Severo, disputando como candidata a vice-prefeita. O grande projeto dos pepelistas é o de consolidar o partido e divulgar suas ideias.
Na outra raia vão correr dois candidatos de partidos socialistas. O PSOL terá como candidato a prefeito Flávio Lazzarotto. O vice deve ser definido até hoje. Na mesma situação está o professor da rede estadual e sindicalista Ronaldo Motta, que é prefeiturável pelo PSTU. Os esquerdistas devem repetir o velho jargão e definir todos os demais concorrentes como “farinha do mesmo saco”.
