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Ex-funcionária da Agricultura aponta elo entre Deonir Tofollo e Mult Beef

15/12/2019 00h07 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Ex-funcionária da Agricultura aponta elo entre Deonir Tofollo e Mult Beef Foto: Jornal Primeira Página

A auxiliar administrativa da Prefeitura, Juliane Fernandes, apontou uma estreita ligação entre o ex-secretário de Agricultura e Abastecimento, Deonir Tofollo, e a empresa Mult Beef em depoimento à CPI da Merenda, na última sexta-feira (13). Em 2017, ela trabalhava na secretaria comandada por Tofollo e relatou que o ex-secretário dizia ser amigo do proprietário da empresa de carnes, localizada na cidade de Brodowski (SP).
De acordo com Juliane, quando a Mult Beef perdeu lotes nas licitações de produtos cárneos, para a Distribuidora Nanci, Tofollo buscou formas para desclassificar a empresa, pois tinha preferência pela Mult Beef. Além disso, ainda segundo Juliane, Tofollo não se importava em saber se os produtos entregues pela Mult Beef estavam em desconformidade com o solicitado em termos de quantidade e temperatura.
Para a servidora, o ex-secretário alterava os editais e termos de referência das licitações para direcioná-las à Mult Beef. Por conta disso, Juliane passou a fazer as cotações, termos de referência, entre outros documentos em duas vias. Ela buscava se resguardar de alterações que Tofollo fazia na descrição dos produtos e termos de referência.
MULT BEEF – Em abril de 2018, o dono da empresa Mult Beef, José Geraldo Zana, foi preso por suspeita de sonegar R$ 32 milhões em impostos e fraudar licitações de merenda em 32 cidades de São Paulo. Segundo o Gaeco, o empresário pagou R$ 1 milhão em propina a fiscais da Fazenda. Em novembro deste ano, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram a segunda etapa da Operação Cadeia Alimentar, um desdobramento da primeira. Ao todo, foram cumpridos 27 mandados de prisão temporária e 55 de busca e apreensão em diversas cidades do Estado de São Paulo. As medidas foram autorizadas pela 4ª Vara Federal de Ribeirão Preto (SP) e se basearam em informações obtidas por meio de um acordo de colaboração premiada que dois envolvidos no esquema firmaram com o MPF e a PF.

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