“Ferrari parada na garagem”, compara político ao falar do Hospital Universitário
O presidente da Câmara de São Carlos, Lucão Fernandes (MDB), comparou o Hospital Universitário a “uma Ferrari parada na garagem”. A manifestação aconteceu na tarde de ontem, 14, durante sessão da Câmara. A abertura do pronto-atendimento do Hospital Universitário é um assunto que não sai do radar do debate político. Em diversas ocasiões, a superintendente do HU, Ângela Leal, admitiu que a filosofia do hospital não é o atendimento ‘porta aberta’. E que a unidade encontra diversas dificuldades para o atendimento de pediatria.
“Eu fiz alguns requerimentos de urgência a respeito do atendimento do Hospital. Eu o comparo a uma Ferrari dentro de uma garagem, onde se paga as taxas, o licenciamento, mas não usa. Fica lá, para embelezar. Será que a população tem acesso a este hospital?”, questiona o presidente da Câmara.
Lucão pediu informações sobre a possibilidade de abrir o hospital para o atendimento ao público. Também pergunta acerca do atendimento pediátrico, pelo menos 12 horas ao dia. “Não podemos mais assistir a população sofrendo. Qual o compromisso do Hospital Universitário com a cidade? As nossas UPAs estão abarrotadas de pessoas, a Prefeitura encontra dificuldades para a contratação de médicos e organizar as Unidades Básicas de Saúde”, disse.
Contratação
O vereador Julio Cesar (PR) disse que foi a Brasília, no Ministério da Saúde, para refletir sobre a situação do Hospital Universitário. Segundo ele, recentemente o HU contratou 40 profissionais, mas apenas quatro deles são médicos.
O vereador Roselei Françoso (Rede) destacou que debateu o assunto com a reitora da Universidade Federal de São Carlos, Wanda Hoffmann, sobre a possibilidade de ampliar o atendimento ao público. “Precisamos estudar a possibilidade de estabelecermos um convênio entre Prefeitura e universidade para desafogarmos o atendimento nas outras unidades públicas”, comentou.
Chico Loco (PSB) observou que enquanto médico não se lembra de hospital federal com atendimento portas abertas. “Mas há a necessidade de um olhar diferenciado para este caso. E que a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) olhe para as necessidades de São Carlos”, comentou.