Festival de denúncias e acusações marca sessão
Denúncias de desvio de dinheiro público e de cancelamento de multas por autoridades, bate-boca, troca de acusações, faixas de protesto, vaias e xingamentos foram alguns dos ingredientes da sessão da Câmara Municipal na tarde de ontem. A reunião dos vereadores foi a mais tumultuada dos últimos três anos e por pouco não terminou em agressão física.
Por várias vezes a sessão teve que ser interrompida e o presidente da Casa, Edson Fermiano (PR) foi obrigado a pedir silêncio. Vários vereadores foram vaiados, casos de Normando Lima (PV), Equimarcílias Freire (PMDB), Ronaldo Lopes (PT) e Lineu Navarro (PT), entre outros.
Em resposta ao prefeito Oswaldo Barba que chamou de “factóide” a tentativa de se abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que buscava investigar a aplicação dos recursos arrecadados em multas de trânsito, o vereador Marquinho Amaral (PSDB) acusou os secretários municipais de pediram a Nilson Carneiro para cancelar as próprias multas de trânsito na Secretaria de Transporte e Trânsito.
O parlamentar tucano afirmou que apresentou a denúncia ao Ministério Público. E disse que na semana que vem apresentará novas denúncias na tribuna da Câmara.
Já o vereador Idelso Paraná (PHS) apresentou um dossiê com várias denúncias contra o vereador Dé Alvim (PT). Ele acusa Dé e outras pessoas de montarem um esquema de tráfico de influência para desvio de dinheiro público através de emendas parlamentares. A denúncia envolve diretamente a empresa LG Produções e Eventos Ltda. Dé Alvim negou as acusações e disse que vai “desmascarar” seus acusadores. Também afirmou ao vereador Paraná que o derrotou duas vezes nas eleições pelo voto popular.
Dé também bateu boca com o comerciante José Galvão, que o acusou de “nepotismo cruzado” em uma representação apresentada ao Ministério Público. Galvão também compareceu à sessão com faixa contra o parlamentar petista.
