Governador do Rio exonera secretário de Saúde
Diretor do Gaffrée e Guinle será o novo secretário
O governo do estado
do Rio de Janeiro informou neste último domingo (17) que o secretário estadual
de Saúde, Edmar Santos, deixará o cargo nesta segunda-feira (18). “Edmar foi
exonerado pelo governador Wilson Witzel por falhas na gestão de infraestrutura
dos hospitais de campanha para atender as vítimas da Covid-19”, diz o
comunicado.
Segundo a nota, Santos continuará auxiliando o estado e vai dirigir uma
comissão de notáveis no enfrentamento à pandemia do coronavírus.
O novo titular da pasta será o atual diretor-geral do Hospital Universitário
Gaffrée e Guinle, Fernando Ferry. Clínico-geral e especialista em aids,
Fernando Ferry foi professor associado de Clínica Médica e Aids da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Ele é graduado em medicina pela
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ).
O novo secretário também é graduado em Medicina Veterinária e Técnica
Agropecuária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Ele é
doutor e mestre em Parasitologia Veterinária também pela UFRRJ.
Operações contra fraudes
Na semana passada foram realizadas operações contra fraudes na área da
saúde no estado do Rio. O ex-deputado Paulo Melo foi preso na Operação Favorito deflagrada
pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar
fraudes em contratos de terceirização de mão de obra nos últimos dez anos no
estado do Rio, inclusive durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Segundo a PF, empresários pagaram propinas a conselheiros do Tribunal de Contas
do Estado (TCE), a deputados estaduais e a outros agentes públicos para
conseguir fornecer serviço de mão de obra terceirizada para o governo do estado
e órgãos estaduais, nos últimos dez anos.
De acordo com as investigações, a organização criminosa teria inclusive
aproveitado a situação de calamidade ocasionada pela pandemia, que autoriza
contratações emergenciais e sem licitação, para obter contratos milionários de
forma ilícita com o poder público.
Policiais federais também cumpriram cinco mandados de prisão e 25 de busca e
apreensão em uma investigação sobre desvios de R$ 3,95 milhões em recursos
públicos na área da saúde no Rio de Janeiro.
A operação foi feita em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e o
Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Segundo o MPRJ, os valores foram repassados a uma organização social (OS) pela
Secretaria de Estado de Saúde do Rio, para a administração de unidades de
Pronto Atendimento (UPAs).
De acordo com as investigações, a organização social recebeu, desde 2012, pelo
menos R$ 763 milhões do Fundo Estadual de Saúde do Rio de Janeiro para a gestão
das UPAs.