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Líder do Novo não acolhe privatização do SAAE

Partido não acredita em candidatos “salvadores da pátria”

18/10/2020 06h17 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Líder do Novo não acolhe privatização do SAAE Foto: Reprodução / Redes Sociais

Legenda queridinha de 2018, ao qual apresentou a candidatura do banqueiro João Amoedo à presidência, o Novo São Carlos estava sendo aguardado com grande expectativa na esperança de ser apresentado com uma ampla chapa de candidatos majoritário e proporcional defendendo uma plataforma voltada à direita liberal. Contudo, o simpatizante desta ideologia recebeu um ‘balde de água fria’ quando o diretório nacional avaliou que ainda é cedo para a Capital da Tecnologia expor a garra de sua militância laranja.

Com peculiaridades internas diferentes de outras siglas, o Novo não possui diretório em São Carlos, sendo assim, não existe a figura de um presidente local. A legenda é organizada por um núcleo denominado de R30 responsável pelos princípios e valores que os seus filiados devem preservar. O líder deste grupo é o advogado Marcos Rogério Zangotti, que concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal Primeira Página (PP). “Sou um amante do liberalismo por ter certeza que o valor está no individuo como fonte de propagação de renda e que o Estado deve se ater a saúde, a educação e a segurança”, define. (Leia entrevista abaixo)

PP – O que faltou para o Novo completar 150 filiados ativos e montar uma chapa para lançar candidatos a prefeito e vereadores neste ano?

R: Chegamos a atingir os 150 filiados, mas não mantivemos o número durante o processo. Este número de 150 filiados era uma das condições impostas pelo diretório nacional para se obter um diretório municipal.

PP – O partido não oficializou apoio a nenhum dos 12 candidatos. Contudo, você percebeu se algum prefeiturável ganhou preferência da maioria dos membros da legenda?

R: Oficialmente não vamos apoiar nenhum candidato a prefeito ou a vereador. Os filiados estão liberados para apoiar o candidato que quiserem sem vincularem a imagem do Novo, ainda que, indiretamente. Não percebi ainda, uma preferência entre os nossos filiados do Novo por esse ou aquele candidato. Acredito que os membros do nosso partido têm consciência de que não existe um “salvador da pátria”, sendo certo que é o que mais tem em São Carlos nestas eleições.

PP – Com este cenário de 12 candidatos você acha que o Novo conquistaria algum destaque ou seria mais um?

R: Com certeza não seríamos mais um. Brigar pelas cabeças não é algo fácil e depende muito da cidade e do candidato, porém temos casos exitosos. Em Minas fizemos um governador na primeira eleição estadual e agora teremos diversos candidatos a prefeito participando dos debates, sendo que antes éramos barrados. O Novo não tem um projeto de poder, tem um projeto para modificar a vida das pessoas, portanto não podemos queimar etapas, sempre firme e com calma.

PP – Muitos candidatos desta eleição foram filiados ao Novo, além de tantos outros que já saíram da legenda. Você percebe que o fato de pagar mensalidade, ter que passar por uma prova para ser candidato e não participar do Fundão Eleitoral desmotiva estes amantes da política?

R: Acho que outras coisas são piores para quem é político. A constante vigilância, ainda mais em cima, de quem é eleito pelo Novo. Também veio muita gente surfar na onda do Novo e quando viram a rigidez do estatuto, onde teriam que passar por um processo seletivo para serem candidatos, se desfiliaram rapidinho.

PP – Muitos dos prefeituráveis ditos de direita são totalmente contra a privatização do SAAE. O Novo teria coragem de propor um processo de venda da autarquia?

R: Eu particularmente não acho a venda algo benéfico por ser um monopólio natural, mas poderia estudar uma PPP para poder haver um processo de modernização do SAAE e da rede em si, na busca de investimentos externos e uma intensa fiscalização dos recursos provenientes do faturamento. Acredito estar ai a válvula de escape do baixo poder de investimento com um custo muito alto.

PP – Muitos filiados do Novo são simpáticos ao governo que possui arroubos de extrema direita. Qual a posição oficial do partido em relação ao presidente Jair Bolsonaro?

R: Não entendi esta afirmação, pois não procede que muitos filiados são simpáticos ao governo. Conheço a maioria dos filiados, principalmente de nossa cidade, participo de grupos de estudo de várias outras cidades e de reuniões estaduais e nacionais do Novo e não tenho esta percepção. O Novo é oficialmente neutro ao governo como um todo: apoiando quando o governo está alinhado com nossos valores e denunciando em outros momentos. Isso inclusive está nos tornando inimigo, tanto dos apoiadores do governo quanto da oposição.

PP – Qual o planejamento da legenda para 2024? A possibilidade da inclusão de segundo turno continua sendo importante?

R: Antes de 2024 temos uma empreitada dura em 2022, onde já pretendemos participar com candidatos a deputados estadual e federal. Em 2024, o trabalho é apresentarmos uma chapa completa. A inclusão de um segundo turno, eu vejo como importante para o município e não para a legenda.

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