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Lupi usou avião pago por dono de rede de ONGs, afirma revista

14/11/2011 09h17 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Lupi usou avião pago por dono de rede de ONGs, afirma revista

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, usou um avião alugado por um empresário dono de ONG que tem contratos milionários com o ministério, segundo revelou ontem a revista “Veja”.

De acordo com a reportagem, Lupi fez uma viagem oficial ao Estado do Maranhão em dezembro de 2009 a bordo de um avião turbo-hélice King Air “providenciado” pelo empresário Adair Meira, de Goiânia (GO).

Ele comanda uma rede de ONGs que mantém convênios com o ministério no valor de R$ 10,4 milhões.

Segundo a “Veja”, ONGs de Meira foram alvo de investigações na CGU (Controladoria Geral da União) e já teria havido até pedido de devolução de recursos ao governo.

A viagem de 2009 se destinou ao lançamento de um programa de requalificação profissional no Maranhão.

Além de Lupi e do empresário, estavam no voo, segundo a revista, o então secretário de Políticas Públicas de Emprego do ministério, Ezequiel Sousa do Nascimento, o ex-governador do Maranhão, Jackson Lago (morto em abril último), e o deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA).

A revista afirmou que Nascimento confirmou que quem “providenciou” o avião foi Adair Meira.

Em nota, o ministro disse que embarcou para o Maranhão em um voo comercial regular e que os deslocamentos dentro do Estado foram feitos em uma aeronave tipo Sêneca, e não King Air, como afirma a revista.

A nota afirma ainda que essas viagens foram “de responsabilidade” do PDT-MA, de Jackson Lago e do deputado Weverton Rocha.

O ministro desconhece que seu ex-assessor Ezequiel Nascimento tenha solicitado avião particular.

O deputado Rocha afirmou à revista que o avião foi alugado pelo PDT, “através do governador” Lago, num valor estimado em R$ 70 mil. O objetivo seria atender compromissos da agenda oficial do ministro Lupi.

Ainda segundo a revista, o avião pertence a uma empresa de Goiânia (GO) –mesma cidade da sede da ONG comandada por Meira–, a Fundação Pró-Cerrado.

Em audiência realizada na Câmara dos Deputados na semana passada, o ministro disse aos deputados que nunca andou em “aeronaves pessoais”, incluindo as de Meira. Sobre o empresário, Lupi admitiu que “pode e deve” ter se encontrado com ele por ocasião de assinaturas de convênios, mas que não mantinha “nenhuma relação” com o empresário.

Meira e Weverton Rocha não foram localizados. Nascimento não falou.


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