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Moisés Lazarine utiliza dinheiro público para autopromoção

28/08/2019 08h19 - Atualizado há 5 anos Publicado por: Redação
Moisés Lazarine utiliza dinheiro público para autopromoção

Parlamentar ligado ao pastor Ismael da Silva teria buscado a autopromoção com recurso público? Essa é a questão que fica sem resposta

O vereador Moisés Lazarine (DEM), ligado à Igreja Assembleia de Deus, Ministério de Madureira, foi alvo de uma nota de repúdio da instituição CEJA, que trabalha na formação e inserção de jovens no mercado de trabalho. A instituição repeliu o gesto do parlamentar, que após destinar recursos usou da prerrogativa para promoção pessoal, com a divulgação do telefone do seu gabinete, fazendo uma linguagem subliminar para chamar interessados em trabalhar em empresas como a Electrolux.

No final de semana, o Centro de Formação emitiu a seguinte nota: “A Rede CEJA de Ensino – Centro de Educação de Jovens e Adultos vem, por meio deste, esclarecer que a parceria Jovem Aprendiz em Auxiliar de Produção, realizada por nós juntamente à Empresa Electrolux – São Carlos, não contou com nenhum apoio político. Ressaltamos que essa parceria, que oferece nesse momento 30 vagas, foi realizada por nossos colaboradores e tão somente por eles, com muita dedicação e por meio de projetos de excelência. Esclarecemos que todos os contatos referentes ao Curso de Aprendizagem CEJA em Auxiliar de Produção devem ser realizados exclusivamente junto à Instituição”, esclareceu.

A nota provocou a reação imediata do vereador Moisés Lazarine. Segundo ele, a instituição quis preservar uma cláusula contratual com a Electrolux, que impede vínculos políticos. “Isso fez algum integrante da entidade tomar esta lamentável atividade, desconsiderando que fui o vereador que mais ajudou eles (sic) neste mandato. Eu que repúdio tamanha ingratidão e péssima atitude por parte de quem emitiu está ridícula nota, sendo que quando fui alertado para apenas divulgar a vaga, sem vincular com meu nome , isso depois que já tinha feito a postagem a pedido de um funcionário, mas que também não sabia desta cláusula no acordo com a empresa , mas pedi para que os mesmos, se realmente forem uma entidade séria, que venham a público e pessoal perdão pelo que fizeram comigo, caso contrário irei retirar o recurso já destinado para eles e enviarei para outra entidade que realmente precisa de meu apoio e parceria para o bem de nossas crianças, que foi minha única solicitação aos mesmos, poder dar oportunidade aos nossos jovens e adolescentes”, esbravejou Lazarine, em tom de ameaça, nas redes sociais.

Recuo

Talvez acuados pelas ameaças, a Rede CEJA de Ensino, divulgou uma retratação. “Ressaltamos que esta parceria construída com este grande empregador de nossa cidade, que no momento oferta cerca de 30 vagas para menor aprendiz, tinha sido emitida e interpretada de forma equivocada, tanto por nossa equipe de comunicação como pela equipe de comunicação do referido vereador citado no ato da divulgação desta nota”.

Os diretores do CEJA se reuniram com o vereador Moisés Lazarine na segunda-feira, 26. Em nota, eles destacaram que o “desencontro de informações foi resolvido”. “Devido às diversas dificuldades que a entidade enfrenta para recompor seus quadros deficitários de funcionários, o vereador, conhecedor dessas dificuldades apenas se dispôs para ajudar na divulgação dessas vagas ofertadas, mas os currículos recebidos seria encaminhados para equipe administrativa do CEJA avaliar e selecionar”.

Os ataques a Moisés Lazarine repercutiram na sessão da Câmara de ontem, 27. O vereador Leandro Guerreiro (PSB) criticou a postura ameaçadora do colega em retirar os recursos de emenda parlamentar. “Isso é politicagem da pior espécie com dinheiro do povo”, afirmou.

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