Mota critica gerenciamento da saúde são-carlense
Os problemas da saúde foram destacados pelo candidato a prefeito de São Carlos pelo PSTU, Ronaldo Mota, na manhã de ontem, na sequência de entrevistas realizadas pela emissora de rádio Intersom FM. Mota destacou que em São Carlos 60% da população já desistiu de procurar a saúde pública e aderiu a algum plano de saúde. Assim, segundo ele, a Prefeitura Municipal não consegue oferecer um bom atendimento aos 40% que hoje não dispõe de nenhum tipo de plano privado e têm que procurar o SUS (Serviço Único de Saúde).
“Vivemos o casos na saúde, pois a Prefeitura não consegue atender aos 40% da população que demandam os serviços municipais. A Constituição prevê saúde gratuita para todos, pois é um direito do cidadão e um dever do Estado. No centro de especialidades há algumas áreas da medicina que não tem mais agendamento para 2012 por falta de médicos”, ataca o candidato socialista.
O candidato do PSTU fez severas críticas à guerra fiscal e aos incentivos oferecidos pelo governo municipal às empresas privadas. Ele ressaltou que empresas como a Tecumseh, a Volkswagen e a Electrolux receberam fartas isenções fiscais sem o retorno necessário. “A Tecumseh recebeu um grande isenção de impostos. E o que deu em troca? A empresa tinha 7.400 funcionário e agora tem cerca de 3.300. Demitiram mais de 4.000 trabalhadores”.
Ele também criticou o número de cargos de confiança. “Temos hoje na Prefeitura 400 cargos comissionados e 120 gratificados. Se ganharmos hoje a Prefeitura não teremos quadros para preencher todos estes cargos. Mas temos simpatizantes na universidade. Quando o PT ganhou em 2000 também não tinha. Por outro lado o PSDB critica os cargos de confiança do PT, mas faz a mesma coisa na Diretoria Regional de Ensino”, ataca ele.
Com relação ao sistema viário de São Carlos, ele afirma que seu plano de governo não contempla obras viárias. “Não vamos fazer obras para quem tem carro próprio. A Prefeitura, com todos os problemas que têm para resolver, não pode gastar milhões de reais para construir viadutos e rotatórias”.
CORONELISMO – Mota também fez severas críticas ao sistema política. Segundo ele, quando o candidato do PT fala que vai conseguir muitas verbas com o governo federal, caso seja reeleito e o candidato tucano fala em obter mais recursos do governo estadual se chegar ao poder, ambos praticam uma política que remete ao coronelismo. “Se formos pensar assim e agir assim, estamos vivendo numa republiqueta. Isso é coronelista e não republicano. Ora, então o dinheiro público vai chegar para as demandas sociais dependendo de quem domina o reduto político? Esta é uma política atrasada que não digna de uma República”.
As entrevistas dos prefeituráveis
Primeira rodada entre 13 de 20 de agosto
13 de agosto – Segunda-feira – Flávio Lazzarotto (PSOL)
14 de agosto – Terça-feira – Ronaldo Mota (PSTU)
16 de agosto – Quinta-feira – Eduardo Cotrim (PMDB) – Amanhã
17 de agosto – Sexta-feira – Oswaldo Barba (PT)]
20 de agosto – Segunda-feira – Paulo Altomani (PSDB)
21 de agosto – Terça-feira – José Sacomano (PPL)
