Newton: Educação reduz as desigualdades sociais
O deputado federal Newton Lima (PT-SP) foi o palestrante nesta segunda-feira, 7, da 19ª Conferência da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), realizada na sede da entidade,em São Paulo, que teve o tema “Educação, Ciência e Tecnologia”.
O parlamentar falou sobre como o Brasil pode vencer as desigualdades sociais por meio de mais investimentos em educação e em ciência, tecnologia e inovação. Ele lembrou o salto qualitativo e quantitativo que as escolas técnicas federais tiveram no Governo Lula e continuam no Governo Dilma. Segundo Newton Lima, enquanto FHC chegou ao disparate de proibir a criação de escolas técnicas federais, entre 2003 e 2010, o Governo Federal aumentou em 150% a criação dessas escolas.
Newton Lima, que é presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal, destacou duas metas fundamentais do Plano Nacional de Educação (PNE): a meta 17, que visa aproximar o rendimento médio do profissional do magistério ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente; e a meta 20, que amplia progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o equivalente a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em uma década.
O deputado ressaltou a importância dos royalties do pré-sal para os investimentos em ciência, tecnologia e inovação. Segundo ele, se o Congresso Nacional não estipular como e onde podem ser gastos os recursos do petróleo, certamente eles serão desperdiçados no dia a dia das contas municipais e estaduais. “Sem fazermos uma poupança para o futuro, podemos cair no mesmo erro de países produtores de petróleo que agora enfrentam crise econômica por não terem priorizado os investimentos em educação e inovação. Infelizmente sem reforma tributária, as chances de o Brasil cair no mesmo erro são grandes”, disse Lima.
Uma das questões levantadas foi a do desafio de vencer as discrepâncias do crescimento brasileiro. Por um lado, somos a 6ª economia do mundo, mas a 13ª em produção cientifica e a 47ª em inovação tecnológica. Como exemplo de que é possível termos um desenvolvimento mais consistente, o deputado disse que é preciso que as universidades fiquem ao lado das empresas e o setor dos biofármacos. “Se as universidades se aliarem às empresas de biofámacos de capital nacional para compartilhar as pesquisas de interesse estratégico e o governo se tornar financiador desse projeto, certamente deixaremos de produzir apenas genéricos e teremos nossas patentes mais valorizadas”, defendeu o parlamentar.
Newton Lima finalizou sua palestra afirmando que “para alcançarmos a 5ª posição de potência econômica mundial é preciso qualificar o trabalho e a produção para a competitividade”.
A mesa de debates foi composta pelo reitor da Unifesp, Walter Manna Albertoni; o presidente da SPDM, Rubens Belfort Jr; a diretora da Escola Paulista de Enfermagem, Lucila Amaral Carneiro Vianna; o diretor da Escola Paulista de Medicina, Antonio Carlos Lopes; o pró-reitor de pós graduação da Unifesp, Reynaldo Salomão; e o pró-reitor de planejamento da Unifesp, José Luiz Gomes do Amaral.