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Nos Estados, PSL se alia a ‘rivais’ de Bolsonaro

17/11/2019 00h01 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Nos Estados, PSL se alia a ‘rivais’ de Bolsonaro Foto: Agência Brasil

A falta de unidade que caracteriza a bancada federal do PSL – e que ajudou o presidente Jair Bolsonaro a decidir pela desfiliação do partido – também é observada na posição dos representantes da sigla em seus Estados.
À frente de três governos, a legenda se divide, ora na oposição ora na situação. E chega a ser aliada de siglas que, em 2022, terão candidatos próprios à Presidência ou que integram o Centrão, bloco partidário criticado por bolsonaristas nas redes sociais.
A participação no primeiro escalão dos governos muda de acordo com o local. No Rio, o PSL comanda as secretarias da Ciência e Amparo à Pessoa com Deficiência da gestão de Wilson Witzel (PSC) No Rio Grande do Sul, a pasta de Desenvolvimento Econômico foi entregue à legenda pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) nomeou para a secretaria de Segurança Pública, à época, um filiado da sigla, que hoje não faz parte do partido. Esses três partidos projetam disputar o Planalto daqui a três anos.
Após se elegerem governadores na onda conservadora que deu a vitória a Bolsonaro no ano passado, Witzel e o tucano João Doria, de São Paulo, já se descolaram do governo federal em busca do mesmo eleitorado. E já são tratados como adversários pelo presidente, que passou a falar abertamente sobre sua intenção de disputar um segundo mandato.
No Rio, berço político de Bolsonaro, a relação é de confronto depois que o nome dele surgiu na investigação da morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), ocorrida em março de 2018. O presidente reagiu e afirmou que Witzel vazou a informação à imprensa para prejudicá-lo. O governador nega.
Com Doria, o relacionamento também é distante, embora menos conturbado. Em São Paulo, o PSL não participa do governo nem faz parte da base aliada na Assembleia Legislativa. “Doria é um marqueteiro, que tem um projeto nacional. Tanto que ele não se refere aos cidadãos do Estado como paulistas, mas como ‘brasileiros que vivem em São Paulo'”, disse o deputado do PSL Douglas Garcia.
O parlamentar aliado a Bolsonaro, no entanto, reconheceu que a bancada paulista vota com o governo nas pautas ligadas à economia e ao enxugamento do Estado. “Mas votamos contra aquelas que dão aumento salarial a agentes públicos, por exemplo”, afirmou Garcia.
Já Zema tem defendido um alinhamento ao governo Bolsonaro. O mineiro, apoiado pelo candidato derrotado à Presidência pelo Novo, João Amoêdo, tem como vice-líder no Legislativo um deputado do PSL, Coronel Sandro, que se declara independente. “Eu sou vice-líder do governo, mas nos consideramos um bloco independente. Há um alinhamento com a pauta econômica, privatizações, redução de impostos, redução do Estado, defesa das forças de segurança, mas somos contra as pautas de costumes”, disse o deputado.
No Rio Grande do Sul, o discurso de independência é o mesmo, apesar de os parlamentares do PSL apoiarem as pautas do governo Leite. “Já votamos contra, mas como é um governo de direita, em várias pautas a gente acaba acompanhando: pautas econômicas, privatizações, enxugamento da máquina, questões ligadas ao liberalismo econômico. Em algumas pautas fomos contra, como o aumento dos salários da diretoria do banco Banrisul. Mas, no geral, não é difícil acompanhar o governo”, disse o líder da bancada do PSL na Assembleia Legislativa, Coronel Zucco.

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