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Panone acredita que cumprirá segundo mandato em Descalvado

17/10/2012 11h57 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Panone acredita que cumprirá segundo mandato em Descalvado

Depois de uma campanha eleitoral extremamente polarizada, a  cidade de Descalvado vive um impasse. Isso porque neste ano tanto o atual prefeito, Luís Antônio Panone (PPS), que concorre à reeleição, quanto José Carlos Calza (PSDB), que foi prefeito por duas vezes e busca o terceiro mandato, enfrentam problemas na Justiça Eleitoral. Calza teve duas contas rejeitadas e foi barro na Justiça pela Lei da Ficha Limpa. Panone foi alvo de denúncias de compra de voto em troca de cesta básica. Nesta entrevista, Panone fala sobre sua expectativa e afirma que foi vítima de um ardil preparado pelo seu adversário.

 

PRIMEIRA PÁGINA – Como foi a campanha eleitoral deste ano?

LUIS ANTÔNIO PANONE – Desde o princípio, honrando o compromisso assumido com a população descalvadense, fizemos uma campanha limpa e de respeito ao nosso adversário e, principalmente, ao eleitor de Descalvado. Não fabricamos notícias, fatos e não preparamos armadilhas para nosso adversário e nem fizemos uma política de calúnia, injúria e difamação e denuncismos. Infelizmente não foi esta a conduta usada pelos nossos adversários. Nós fomos vítimas de uma campanha de baixíssimo nível e eu reputo que a população de Descalvado, ordeira, trabalhadora e honesta, não merecia ter presenciado.

 

PP – E como isso ocorreu?

PANONE – O ponto culminante disso foi o caso da cesta básica, onde uma militante da candidatura adversária me atraiu até sua casa, juntamente com meu vice-prefeito e um assessor a pretexto de conhecer meu programa de governo. Lá chegando, desde o princípio me assediou, pedindo para pagar um churrasco. Desde o início lhe disse que não faria isso, pois não comprava votos. Ela insistiu e pediu a doação de dinheiro para que ela promovesse o churrasco com as amigas. Eu também neguei. Ela vendo que não conseguiu a sucesso em suas investidas, chamou uma vizinha, que é mãe de seis filhos com o marido atualmente desempregado. Esta segunda mulher disse que passava por necessidades e se era possível ajudá-la com uma cesta básica de alimentos. Eu reforcei que não comprava votos, que não fazia este tipo de política. Ao mesmo tempo, esclareci que temos o setor de Assistência Social onde existem programas de doação de alimentos para pessoas carentes e em situações episódicas. E, assim, encaminhei esta pessoa para a assistência social para que fosse submetida à uma triagem para que, ao final, fosse contemplada com a cesta básica de alimentos da qual ela necessitava.

 

PP – E a Justiça viu neste ato a compra de votos?

PANONE – Quero frisar que em nenhum momento vinculei a entrega desta cesta básica ao pedido de votos. Não obstante, a Justiça local entendeu de forma diferente e acabou por cassar o registro de minha candidatura. Eu recorri ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e consegui uma liminar que me possibilitou participar das eleições, tanto eu como meu vice-prefeito. Da forma como este episódio foi divulgado pelo nosso adversário nos trouxe um enorme desgaste político nos últimos dias das eleições. Então, nós que vínhamos liderando as pesquisas em Descalvado, acabamos perdendo as eleições pelo número de votos, com uma diferença de 1.000 votos ou aproximadamente 4% dos votos.

 

PP – E afinal, como fica a situação

PANONE – O TSE (Tribunal Superior Eleitoral)  me declarou como vencedor das eleições por conta da situação que vive o meu adversário. Ele teve as contas rejeitadas nos anos de 1997 e 1998, portanto enquadrado na Lei de Ficha Limpa. O seu registro também foi cassado. Ele recorreu. Perdeu no TRE por unanimidade de votos e entrou com recurso especial que hoje está nas mãos do ministro Marco Aurélio de Mello para ser apreciado.

 

PP – Poderemos ter novas eleições em Descalvado?

PANONE – Em se confirmando a inelegibilidade dele, como os votos que ele obteve não ultrapassaram 47% dos votos válidos, portanto não atingiram o percentual de 50% mais um voto, na nossa avaliação e até pela Resolução 22922 do Tribunal Superior Eleitoral, nós não teríamos novas eleições em Descalvado.  

 

PP – Existe alguma possibilidade da realização de uma nova eleição na cidade?

PANONE – A única hipótese par atermos uma nova eleição em Descalvado seria se o meu registro também fosse cassado. Mas eu estou bastante tranqüilo quanto ao meu processo. Estou tendo o acompanhamento jurídico adequado em São Paulo e tenho absoluta convicção de que vencemos esta ação e restabeleceremos a verdade. O povo saberá que tudo não passou de uma armadilha e a criação de uma situação para tentar macular minha candidatura. Existem precedentes neste sentido. É uma situação que se equivale ao flagrante preparado no Direito Penal e, portanto, a prova seria ilícita. È assim que conduzimos nossa defesa e acreditamos no êxito.

 

PP – O senhor crê mesmo que ficará no cargo.

PANONE – Eu tenho total convicção de que vou continuar administrando Descalvado nos próximos quatro anos, dando prosseguimento às políticas públicas que implantamos.

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