Pior estratégia é ficar em silêncio na pré-campanha, diz especialista
Para Carlos Manhanelli, mestre em Comunicação pela
Universidade Metodista de São Paulo, fundador e Presidente da ABCOP (Associação
Brasileira de Consultores Políticos), a pior coisa que o pré-candidato pode
fazer agora, durante a quarentena por conta do coronavírus, é candidato ficar
em silêncio. “É hora de discutir os problemas da cidade, que acontecem
diariamente e devem ser debatidos com a sociedade. O eleitor estará nas redes
sociais apontando e fazendo essa discussão”.
De acordo com Manhanelli, em entrevista ao Jornal Primeira Página, a melhor
estratégia no momento é fazer uma campanha 100% digital, já que as reuniões
estão proibidas devido ao coronavírus. “Discutir os problemas da cidade em
grupos nas redes sociais. Quem está no governo, fazer postagens do que já foi
feito e ainda pode ser feito. Oposição falar do que não foi feito. Ou seja,
usar as ferramentas da internet para fazer discussões temáticas”.
Manhanelli salienta que, apenas falar mal do opositor não leva ao voto, sendo
necessário debater os problemas do município com profundidade. Além disso, é
preciso se atentar à avaliação de prefeitos e vereadores junto à opinião pública.
“Se eles estiverem bem é dizer que vai melhorar o que está bom e melhorar o que
está ruim. Mas se estiverem mal-avaliados, devem ser bastante criticados”.
Por fim, o especialista salientou que a crise vai alterar todos os cenários, seja
político, sociais, econômicos. “É uma guerra contra o vírus. Todo final de
guerra deixa feridos e sequelas. Embora essa crise seja mundial, no cenário
municipal também há impacto nas cidades, pois elas precisam oferecer qualidade
de vida à população residente”.