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Raquel: “Meu trabalho será voltado aos direitos das mulheres”

Vereadora do PT eleita conta sua trajetória na política os enfrentamentos nas eleições do seu primeiro mandato

13/01/2021 13h13 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Raquel: “Meu trabalho será voltado aos direitos das mulheres” Foto: Arquivo Pessoal

A vereadora eleita pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em 2020, com 1.292 votos, Raquel Auxiliadora fala sobre a sua trajetória política até chegar a Câmara Municipal de São Carlos (SP).

Ela encerra um jejum do partido que está sem representante no Legislativo desde 2016. Raquel explica que dentro do PT sua militância foi forjada na defesa dos direitos das mulheres, resultando em importantes instrumentos de luta, como o Coletivo Promotoras Legais Populares, do qual é fundadora e membro; além da experiência como gestora de Política para as Mulheres em São Carlos entre 2007 e 2012.

Confira a entrevista na íntegra:

PRIMEIRA PÁGINA – Há quanto tempo surgiu em você o desejo pela vida política?

RAQUEL AUXILIADORA – Desde jovem a política faz parte da minha vida, pois sempre entendi que o mundo precisa ser transformado e que eu tinha que fazer a minha parte. Comecei atuando politicamente já no movimento estudantil e aos 16 anos de idade me filiei ao Partido dos Trabalhadores (PT).

PP – Houve uma busca em sua por formação acadêmica voltada ao universo da política?

RAQUEL – Minha formação é na área da educação que, a meu ver, contribui diretamente no entendimento do nosso papel como cidadãos e no impacto de nossas ações na sociedade. Sou Mestre em Educação e pedagoga formada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Também sou especialista em Gestão Pública na Educação pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).  Trabalho como professora da Educação de Jovens e Adultos (EJA), atuando no Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS).

PP – Qual foi o maior desafio na construção do agente político?

RAQUEL – O conservadorismo, pessoas e instituições que querem sempre manter as coisas como estão. Que são coniventes com a desigualdade, com a violência.

PP – Em tempos de repúdio aos políticos de esquerda, você e Djalma Nery se destacaram na eleição de 2020 rompendo essa barreira ideológica. Na sua visão o que proporcionou o sucesso na sua eleição?

RAQUEL – Penso que a minha trajetória de vida e na política me levou até aqui. As pessoas me conheciam, sabiam como e porque poderiam contar comigo. Sabiam de que lado eu estou e pelo o que vou lutar.  Elas sabem que o nosso gabinete estará sempre aberto para todas as lutas que precisam ser travadas.  Um mandato que se afirme também como uma importante ferramenta em defesa da educação, da juventude, cultura, da população negra e dos direitos da classe trabalhadora.

PP – A sua narrativa política empunha uma bandeira levando o empoderamento feminino e a busca pela linearidade de tratamento. Esse tema tem prioridade na sua vida parlamentar?

RAQUEL – Dentro do Partido dos Trabalhadores, a minha militância e construção nas esferas nacional, estadual e municipal são os pilares da minha formação política. A defesa dos direitos das mulheres sempre foi prioridade durante essa trajetória, resultando em importantes instrumentos de luta, como o Coletivo Promotoras Legais Populares, do qual sou fundadora e membro; além da experiência como gestora de Política para as Mulheres em São Carlos entre 2007 e 2012, quando implantamos o Centro de Referência da Mulher. Mas é preciso entender que a defesa dos direitos das mulheres é uma pauta ampla e presente em todos os espaços. Foi a partir dessa pauta que me engajei em todas as lutas por transformação social, sempre com um lado: o lado da justiça social, da igualdade, da solidariedade, por um mundo sem machismo, racismo, lgbtfobia. Por um mundo de respeito, mais humano, justo.

PP – Como você pretende desenvolver o diálogo com a sociedade?

RAQUEL – O “Mandato Em Movimento”, como denominamos, é democrático, popular e participativo, ou seja, o objetivo é que a população, movimentos e organizações participem das decisões. Isso se dará, principalmente, pela construção do nosso conselho político, que será aberto a todas e todos que quiserem propor e participar das ações do mandato. Vamos debater desde indicação de emendas, projetos, requerimentos até a agenda da vereadora.

PP – O diretório do PT já definiu a posição política em relação ao Executivo? Você já entra como oposição? Como pretende desenvolver a sua articulação para votar os projetos do governo?

RAQUEL – Sim. Nosso mandato firma-se como oposição, porém, propositiva, como deve ser.

PP – Haverá uma bancada de oposição na Câmara, como será formada?

RAQUEL – Estamos conversando. Djalma e eu formamos uma bancada de esquerda e de oposição ao governo. Mas, estaremos sempre em diálogo com os demais vereadores.

PP – O PT prospecta uma maior visibilidade política para 2022?

RAQUEL – Sem dúvida.  Nossa avaliação é que o Partido dos Trabalhadores saiu vitorioso do processo eleitoral de 2020. O companheiro Erick Silva, presidente do partido, é uma liderança sindical, que nunca havia disputado uma eleição partidária e que trabalhou no fortalecimento da construção do diálogo e unidade dentro do partido. A campanha foi linda e com apresentação de propostas viáveis para cuidar das pessoas e da cidade. A votação expressiva que tivemos na nossa chapa de vereadores e a consolidação do nome do companheiro Erick como liderança no PT reafirmam nossa disposição na disputa do cenário e da pauta política.

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