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Santa Casa está falida, denuncia vereador

18/07/2012 13h31 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Santa Casa está falida, denuncia vereador

“Falida”. Com este adjetivo o vereador Marquinho Amaral (PSDB) resumiu ontem a situação da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos. O parlamentar tucano ressalta que na audiência pública realizada no dia 28 de maio deste ano, o provedor do hospital, Antonio Valério Morillas Júnior, e o secretário municipal de Saúde, Marcos Vinícius Bizarro, “mentiram” e “maquiaram” os verdadeiros números das dívidas. “Na verdade a situação é muito pior do que divulgaram na reunião. A Santa Casa está falida. Faço agora uma acusação grave. Temos que buscar uma solução e não podemos utilizar esta crise gravíssima no hospital para fazer campanha eleitoral”, enfatizou Marquinho.

De acordo com Marquinho está faltando até mesmo material básico de atendimento de saúde, como gase para curativos. “O fornecedor de leite não recebe há muito tempo e por pura solidariedade não cancelou a venda do produto para a Santa Casa. No dia da audiência pública fizeram um jogo de maricas. Não me deixaram presidir a audiência pública, combinaram tudo antes. O secretário de saúde deixou a saúde bizarra. Ele é arrogante e prepotente”.

Preocupado com a situação, o vereador que é presidente da Comissão Permanente de Saúde, Normando Lima (PV), que também é médico, afirma que é fundamental se identificar quem deve para a Santa Casa para exigir o pagamento da dívida. “Cancelaram num dia destes as cirurgias eletivas por falta de anestésico”, comenta o vereador verde.

 

MÃO DE DEUS – O vereador Equimarcílias Freire (PMDB) disse que chega próximo das eleições todo mundo passa a se preocupar com a situação da Santa Casa. “O hospital não fecha porque aí estará a mão de Deus. Ajudar a Santa Casa estará nos planos de governos de todos os candidatos. Mas também existe muita falácia e muita conversa mole”.

 

DRAMÁTICA – Na reunião do dia 28 de maio, o provedor Antonio Valério Morillas Júnior, afirmando que a situação era “dramática” e que a dívida da instituição ultrapassaria R$ 20 milhões. A solução viria, de acordo com Morillas, através de uma correção da Tabela SUS, que está totalmente defasada e fora da realidade e dos custos dos serviços de saúde.

 

Ele alertava que em alguns casos, o valor que o SUS paga não chega a 25% dos custos que existem entre os serviços médicos e os serviços hospitalares.  Quanto à “dívida” da Prefeitura para com a Santa Casa, ela chegaria a R$ 1 milhão.

O provedor lembrou a afirmação do governador do Estado de São Paulo, que é médico, Geraldo Alckmin, em Itirapina, no dia 9 de maio deste ano. Segundo o tucano, o Brasil vive o caos da saúde em todo o país. “Enquanto o governo federal não corrigir a tabela do SUS, as santas casas vão continuar em colapso. A Santa Casa de São Paulo deve hoje R$ 180 milhões. Então, lamentavelmente a situação mais grave do Oiapoque ao Chuí é a saúde. E se o Ministério da Saúde não corrigir a tabela do SUS, a tendência é que a situação, infelizmente, venha a se agravar”.  

 

Subvenção – Os debates em tornos dos problemas da Santa Casa se deram durante a votação de um projeto de lei que autoriza a Prefeitura a repassar, como subvenção, R$ 700 mil à Santa Casa de Misericórdia de São Carlos. Estes recursos são resultado da economia que a Mesa da Câmara, presidida pelo vereador Edson Fermiano (PR) promoveu durante todo o ano de 2011 e devolveu à Prefeitura Municipal de São Carlos.

 

 

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