Testemunhas negam perseguição a Normando Lima
O coordenador regional do PSDB, Francisco Pires, e o vereador Marquinho Amaral (PSDB) negaram ontem, em depoimento em audiência realizada na Segunda Vara Civil da Justiça de São Carlos, que o vereador Normando Lima tenha sofrido perseguições dentro do partido. O processo tramita no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), para o qual a Segunda Vara ouviu as testemunhas. Os documentos com os depoimentos serão enviados ao TRE para a sequência da ação.
Normando é réu em processo movido pelo suplente de vereador do PSDB, Maurício Ortega. O parlamentar foi eleito com mais de 4 mil votos pelo PSDB, mas, no ano passado, deixou o ninho tucano para filiar-se ao Partido Verde. Ortega alegou infidelidade partidária e entrou com ação de cassação de mandato contra Normando, reivindicando a sua cadeira.
Também foi ouvido como testemunha de Normando o vereador Robertinho Mori Roda (PV) e o advogado Ulisses Mendonça Cavalcanti, que reafirmaram que o vereador desfiliou-se do PSDB devido a diferenças com o DEM, partido ao qual é filiado o empresário Airton Garcia, desafeto do médico.
O advogado Luís Donizete Luppi, que atuou na defesa do PSDB, afirma que apesar da legislação eleitoral prever que casos de infidelidade partidária devam ser julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral em 60 dias, o caso já dura oito meses. Segundo ele, o TRE deve tomar uma decisão nas próximas semanas. Caso Normando seja condenado, segundo Luppi, ele poderia recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas fora do cargo. “Caso haja a condenação haverá a determinação da posse do suplente no prazo de dez dias”, ressalta o advogado.