Tundisi diz que projeto da Cidade da Energia será reformulado
A desistência da parceria na Cidade da Energia pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) foi feita em fevereiro à prefeitura e só no feriado de 1º de Maio, durante a feira de negócios Agrishow, em Ribeirão Preto, o tema veio à tona.
A informação é do presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, que disse pretender implantar em Ribeirão Preto o projeto da Cidade da Energia utilizando a cessão da Fazenda Experimental – onde é realizada a feira – pelos próximos 30 anos.
“Perdemos tempo e dinheiro em São Carlos. Os investidores caíram fora, ninguém mais acreditava no projeto. Então, a gente desistiu”, diz Aubert Neto ao afirmar que a exigência de um Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), pedido pelo Ministério Público em 2012, que ainda não começou a ser feito, inibiu o investimento da entidade.
“Já elaboramos um plano diretor para o evento e acho que o ideal é trazer a Cidade da Energia para Ribeirão”, disse Aubert Neto ao afirmar que a intenção é transformar a Fazenda Experimental numa área para eventos o ano todo. O investimento gira em torno de R$ 30 milhões
SÃO CARLOS – Segundo o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia de São Carlos, José Galizia Tundisi, no final de fevereiro, representantes da Associação manifestaram o desligamento do projeto em São Carlos, em reunião com o prefeito Paulo Altomani (PSDB).
“Por conta do EIA/Rima ainda não ter sido feito, a prefeitura teve de devolver ao governo federal R$ 39 milhões. Já notificamos o Ministério do Turismo que temos interesse em manter o projeto ativo e pretendemos manter outro recurso também destinado ao projeto de R$ 21 milhões”, relatou Tundisi.
O secretário afirmou que por conta da desistência da Abimaq, o projeto da Cidade da Energia terá de ser ampliado para deixar de ser um showroom (exposição permanente) voltado ao agronegócio e readaptar a proposta para ser um espaço de pesquisa e desenvolvimento de energias alternativas.
“Assim poderemos incluir a Cidade da Energia de São Carlos na agenda internacional de empresas que produzem protótipos de equipamentos energéticos”, relatou.
O secretário não estimou valores para a implantação dessa “nova“ Cidade da Energia, mas afirmou que em um mês vai promover um seminários sobre o tema para mostrar a viabilidade do projeto.
A reportagem do Primeira Página procurou, durante o dia de ontem, entrevista com o presidente da Abimaq para ampliar as informações, mas não obteve resposta da assessoria da Associação.
O deputado federal Newton Lima, que quando prefeito, lançou o projeto da Cidade da Energia, em 2008, também não respondeu às perguntas da reportagem.
Promotor do Meio Ambiente exige estudo de Impacto Ambiental
O promotor público do Meio Ambiente, Marcos Funari, disse que está em vigor a liminar concedida em Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público que suspendeu e impede a instalação da Cidade da Energia, sem prévio Estudo de Impactos Ambientais.
“Não há impedimento algum na instalação da Cidade da Energia, desde que haja o licenciamento através de EIA/RIMA. Portanto, não discutimos o mérito do empreendimento, mas apenas a forma de licenciamento proposta. Cabe aos interessados verificar junto à Cetesb sobre como proceder para atender a ordem judicial”, relatou.
A coordenadora do escritório Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Vilma Barbieri, informou que todas as licenças ambientais pedidas pelo projeto da Cidade da Energia estão suspensas por liminar a pedido do Ministério Público.
Infelizmente os promotores vem travando nosso desenvolvimento ,governo precisa trar os poderes urgente dessa turma ,que além de travarnossa economia deixam milhares de desempregados ,se sao tão. Bons assim por que nao inibem essa roubalheira e violência que temos