Vereador Azuaite defende que candidatos tenham “compromisso ético com a verdade”
"É preciso colocar o orçamento da cidade debaixo do braço, saber de onde virão os recursos, de onde será tirado o dinheiro", afirmou
O vereador Azuaite França (Cidadania) enfatizou a necessidade de que candidatos a prefeito e vereadores em campanha “coloquem o cidadão no centro das discussões e estabelecer um compromisso ético com a verdade”. Ao se pronunciar na tribuna da Câmara nesta terça-feira (13), Azuaite elencou uma série de propostas feitas por candidatos locais em eleições passadas sem conexão com a realidade.
Citou casos de candidatos que prometeram construir rio para ligar um bairro a outro, implantar trem de alta velocidade ligando pontos remotos da cidade, construção de elevados na área central e na região da USP, construir casas a R$ 600, criar uma SWAT para substituir a Guarda Municipal e outros despropósitos. “É preciso colocar o orçamento da cidade debaixo do braço, saber de onde virão os recursos, de onde será tirado o dinheiro para fazer o que se propõe”, afirmou.
Ele assinalou que as questões mais prementes na campanha atual são a falta de água a questão do transporte coletivo urbano. E citou as promessas de atuais candidatos a prefeito, que em campanha estabelecem o valor da tarifa em R$ 2, R$ 1,50 e zero. “Poderá aparecer um quarto candidato dizendo que pagará para que os passageiros usem o transporte coletivo”.
Azuaite frisou, quanto a esse assunto que nada é impossível mas é preciso dizer à população de onde sai essa possibilidade. “Subsidiar significa tirar do imposto ou criar imposto para financiar, no caso aquele que está andando de ônibus. É preciso saber se a população e a Câmara concordam”.
Para o vereador, é possível otimizar custos no transporte incluindo no edital um terminal de integração, reduzir a tarifa com novos traçados, corredores para viagens mais rápidas e mais curtas, e estabelecer metas de energia renovável prevendo em contrato 40% da frota com ônibus movidos a energia elétrica.
O parlamentar observou que uma licitação honesta não deve apontar antecipadamente o nome do vencedor, por isso estranhou a proposta de um candidato que promete contratar uma determinada empresa para operar as linhas de ônibus. “Se esse candidato se eleger, e isso acontecer, será fraude”.
Recentemente, duas audiências públicas foram realizadas pela Câmara colhendo sugestões para o edital da licitação do transporte público em São Carlos. Azuaite endereçou à Secretaria Municipal de Transporte recomendações para a elaboração do edital no sentido de estabelecer metas para redução de poluentes e utilização de veículos confortáveis, com ar condicionado e wi-fi.
“É possível otimizar o transporte público, subsidiando o sistema se o prefeito propuser e a população aceitar, ou por uma tarifa a preço justo, levando em consideração que temos subsídios para idosos e estudantes, conforme propus na Lei Orgânica do Município em 1990, finalizou.
