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Votação de repasse para Associação de Artes gera discussão na Câmara

08/03/2013 11h12 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Votação de repasse para Associação de Artes gera discussão na Câmara

A votação do projeto de lei nº 35 da Prefeitura Municipal gerou discussão na sessão da Câmara dos Vereadores na última terça-feira. O projeto autoriza o poder executivo a conceder auxílio e subvenção à Associação de Artes de São Carlos (AASC). Durante a sessão, alguns vereadores pediram vista do projeto, buscando adiar a votação para, segundo eles, melhor analisá-lo.

 

“Pedi um adiamento da votação do projeto, que veio por meio de um requerimento feito pela prefeitura em caráter de urgência. Não tenho nada pessoal contra a entidade, apenas pedi prorrogação eu não conheço a Escola de Música. Não entendi por que veio em caráter de urgência, uma vez que foi repassado, segundo os documentos que tenho, quase R$ 3 milhões, de 2004 até agora. Preciso checar esses números e não tive tempo, justamente por ter entrado em caráter de urgência. O papel do vereador é investigar onde vai o dinheiro público. Não estou desconfiando de ninguém, mas quero votar consciente”, afirma Cidinha do Oncológico (PHS).

Outro a pedir vista foi o vereador Aparecido Donizetti Penha (PPS): “Pedi vista ao processo antes de votar para ter um embasamento melhor, considerando o valor que está sendo repassado. A vista foi posta em votação democraticamente, fui voto vencido, e votei contra o repasse, que foi autorizado. Como vereador novato não só com esse projeto, mas com outros, tenho o cuidado de uma análise bem feita, para que eu vote coerente e prudentemente. Não houve cunho investigativo como foi abordado por alguns vereadores com relação a uma suposta perseguição que a escola vem sofrendo”, disse.

Para o vereador Walcinyr Bragatto (PV), a entidade é, sim, alvo de perseguição: “Por motivos políticos e pessoais ela teve muitos problemas de perseguição”, afirma, completando: “Minha posição é de total apoio à AASC, pois eu conheço o trabalho sério e a dignidade das pessoas que atuam naquela diretoria. Ela foi uma das únicas instituições de São Carlos que foi de iniciativa própria à Câmara Municipal ano passado, pediu para realizar uma audiência pública de prestação de contas, colocou toda documentação à disposição da promotoria pública, e uma denúncia mentirosa foi arquivada pelo promotor, pois não tinha base”, explica o vereador do PV.

Segundo ele, as pessoas que fizeram denúncia mentirosa estão passando informações que não condizem com a realidade para outros vereadores: “E o vereador, no intuito de levar as coisas adiante (e acho que tem que haver esse intuito mesmo), às vezes não checa a informação. Na sessão, a vereadora Cidinha disse que em dezembro tinha sido repassado R$ 765 mil, e isso não é verdade, informaram errado a vereadora. Eu perguntei: “Vereadora, tem certeza? Tem certeza que foi feito isso”, e ela respondeu que não sabia, e que por isso precisava checar. A gente não pode jogar as informações assim”, afirma.

 

A Associação de Artes

“A Associação de Artes tem um projeto que é a Escola de Música Maestro João Sepe, onde toda essa subvenção é repassada para pagamento dos professores, manutenção, pagamento de aluguel, e mais um auxílio para instrumentos e material de informática. Pessoas contratadas para os quais a prefeitura não paga encargos, a Associação é quem paga. A Associação de Artes tem como compromisso a musicalização infantil, de adultos e a banda marcial, que é totalmente gratuita”, explica Roberto Mori Roda, um dos criadores da Associação, que completa: “Além disso, a Associação de Artes tem o projeto de construção do Parque das Artes, mas que é outro projeto”.

Segundo informações do Jornal Parque das Artes e de Roda, o Parque das Artes José Sidney Leandro funcionaria em uma área de 7458 m², no Parque Faber II, cedida pela prefeitura à AASC em 2004. A lei nº 13888/06 destinou R$ 60 mil para o projeto arquitetônico, estrutural, hidráulico, elétrico, acústico e de ar condicionado do Parque. A lei nº 14.352/7 destinou R$ 45 mil para o fechamento dos acessos da área do parque com gradil metálico, e a lei nº 14583/08 destinou R$ 55 mil para o início das obras.

“O projeto Parque das Artes foi inviabilizado por conta do DEPRN (Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais)”, afirma o ex-vereador Roda, que afirma que existem alguns vereadores que talvez não conheçam o projeto: “E acho importante eles saberem naquilo que estão votando”, diz.

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alberto
alberto
11 anos atrás

Gozado tem entidades principalmente esportivas que atendem centenas de crianças mensalmente e para conseguir uma subvenção de 30 mil por ano da prefeitura tem que mendigar , será que está certo isso ? para uma tudo e as outras nada.

cidadão
cidadão
11 anos atrás

Se esses valores repassados a essa entidade forem verdadeiros isso é caso de policia, tem entidades que prestam excelentes serviços a comunidade e estão fechando por falta de verbas da prefeitura,isso tem que ser tirado a limpo não pelos vereadores , mas sim pela promotoria.

informado
informado
11 anos atrás

Parque Faber II, cedida pela prefeitura à AASC é este mesmo o endereço? precisa de fato uma investigação bem rigorosa, olha a Cidadania esta com os carros caindo aos pedaços, tem criança carente na cidade que esta fora da escola, precisa ver o que faz esta entidade de verdade.

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