Ninguém se iluda.
A justiça que há tanto tempo invocamos, não virá a nós de pára-quedas, a paz que tanto imploramos, não nascerá por geração espontânea; a fraternidade que tanto desejamos, não irá ser construída por uns apertos de mãos; a felicidade que tanto procuramos, não irá brotar raízes sem ser regada e defendida; o pão que tanto precisamos, não irá cair do céu de mãos beijadas; as habitações de que tanto necessitamos, não irão surgir feito cogumelos no mato, e a violência e a morte que tanto detestamos, não irão ser afugentadas pela força das nossas lamúrias…