Tempo de esperança, não de lamúria
Vivemos num tempo de transição. Nele, o individualismo tende a imperar com fortes doses de subjetivismo e utilitarismo. Vemos impor-se estilos de vida, coligados a modelos sociais e econômicos, que levam a identificar a raiz do problema como sendo uma crise do humano. Tal fragmentação compromete hoje a vida nas relações fundamentais quer consigo mesmo e com os outros, quer com a natureza (ou a criação) e com o próprio Deus, autor da vida. Diante da atual situação histórica, poderíamos reagir de forma desesperançada, numa lamúria sem fim. Porém, a escuta atenta dos “sinais dos tempos” faz-nos entrever este tempo que nos é dado viver como o tempo da esperança, alimentando a certeza de que o Espírito sabe dar as respostas apropriadas mesmo às questões mais difíceis.
“O espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu” (Is 61,1)