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Morte de estudante da UFSCar não foi esclarecida

23/08/2014 18h10 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Morte de estudante da UFSCar não foi esclarecida

A morte do estudante da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Sérgio Gonçalves Lima, 22, completou seis meses neste sábado, 23. Lima foi encontrado sem vida em uma estrada perto da casa de eventos Oasis, no Jardim Embaré. 

Apesar de várias pessoas ouvidas, a Delegacia de Investigação Geral ainda não apresentou uma solução para o caso. Porém, na época, o delegado Gilberto de Aquino, afirmou que não iria medir esforços para que a morte do estudante da UFSCar fosse solucionada. 

“Assumo compromisso como pai e como delegado em resolver este caso. Panco, como vocês chamam o Sérgio, era um menino bom e lutou para ser estudante aqui na universidade. O crime me comove como pai e assumo este compromisso”, disse Aquino no dia seguinte ao crime.

Sueli Gonçalves, 42, e Sérgio Silva Lima, 53, pais do estudante, querem uma solução para o caso. Para eles, saber o motivo que causou a morte do filho é uma forma de se fazer Justiça e trazer paz à família. “Queremos saber o que aconteceu. Se ele foi morto ou se foi atropelado, não importa, queremos saber”, disse Sueli. A mãe de Panco ressaltou ainda que acredita no trabalho da polícia. 

Sérgio Lima, pai do estudante morto, afirmou que a dor é grande e quanto mais o tempo passa, mais fica difícil lidar com a saudade. “Lutamos junto com ele para que meu filho viesse estudar aqui. Não pensei nunca em levar meu filho morto de São Carlos”, afirmou.

 

OMISSÃO

Para o delegado da DIG, Gilberto de Aquino, um crime já ficou claro: o de omissão. Segundo ele, os seguranças, a empresa que prestava atendimento médico na festa, os próprios taxistas que viram o jovem caído no local e não prestaram socorro cometeram o crime de omissão e já constam no inquérito. A Prefeitura foi questionada a explicar o motivo pelo qual a festa ocorria na casa de eventos, já que ela não tinha alvará de funcionamento. “Cada um vai responder pelo crime que tiver cometido. Cada um no seu grau de responsabilidade”, afirmou Aquino na época. 

Aquino chegou a afirmar que Panco apresentava vários hematomas pelo corpo, fratura de mandíbula e um trauma na cabeça feito por material pontiagudo. E há seis meses existiam duas vertentes na investigação. Na primeira, o jovem teria sido espancado até a morte e teve o corpo desovado na estrada próxima à casa de shows Oásis, no Jardim Embaré. A outra, um possível atropelamento. 

 

O CASO

Lima foi encontrado em uma via de terra próxima à alça de acesso que liga a Rodovia Washington Luís (SP-310) ao Jardim Embaré, em São Carlos. Ele foi localizado por volta das 3h50 do dia 23 de fevereiro, após uma ligação ao 190 informando um atropelamento. Quando a polícia chegou, o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) já estava no local, mas o rapaz já estava morto. A Perícia Técnica esteve no local e não detectou indícios de atropelamento, mas sim de uma suposta agressão.

Desde então abriu-se um leque de possibilidades não esclarecidas. Uma testemunha afirmou à Polícia Civil que houve omissão de socorro ao estudante. Segundo a denúncia, Lima estava vivo quando ela passou de carro e viu o jovem caído na estrada.

Ela afirmou que uma ambulância da festa foi chamada, mas não socorreu o rapaz. A empresa Ticomia, responsável pela organização da festa, abriu uma sindicância para apurar o caso. No entanto, não divulgou o resultado. A casa onde ocorreu a festa não tinha alvará, problema que já foi sanado, segundo o delegado Aquino.

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