Diogo Poças lança ‘Imune’ em São Carlos, seu segundo CD
Diogo Poças, compositor e arranjador se considera um cantor de samba-canção, como ele mesmo definiu em entrevista ao Primeira Página. O músico paulista lança seu segundo álbum, “Imune”, no Teatro do Sesc São Carlos, neste sábado, 23, às 20h.
O show é gratuito e traz no repertório as canções do disco lançado em março, e mescla MPB, Bossa Nova, samba, samba de gafieira e até canção de ninar em homenagem a sua filha. Diogo também faz tributo dedicado a Noel Rosa e Vadico neste show.
Para compor a banda do espetáculo “Imune”, Diogo convidou os músicos Leonardo Mendes (violão, guitarra, ukulele), Cuca Teixeira (bateria), Pepe Cisneros (piano rhodes), Jota Erre (Bateria e Percussão), Thiago Alves (baixo acústico), Luis Cabrera e Josué Santos (sax alto).
O álbum, produzido durante um ano, foi gravado no Estúdio Plug In, em São Paulo, com produção de Leonardo Mendes, Emilio Daccorone e Diogo Poças, mixado por Gustavo Lenza e masterizado por Felipe Tichauer. Composto por nove canções, sendo seis autorais, o álbum tem instrumentação simples, sonoridade bastante orgânica, essencial, limpa e natural, além de arranjos onde todos os músicos têm ampla participação. O repertório é eclético, e conta com participações especiais de sua irmã Céu, Luisa Maita e do seu pai, Edgard Poças.
A ENTREVISTA
Primeira Página – Sua criação musical mostra uma tendência ao samba, você se classifica como sambista?
Diogo Poças – Eu me classifico como um cantor de canções, principalmente de sambas-canções.
PP – O título do novo trabalho sugere uma blindagem, a que você se considera imune?
Poças – Criativamente considero o disco Imune sim, acho blindado, maduro.
PP – A música brasileira passa por um período no qual o foco é o entretenimento, para você é possível fazer arte com esta perspectiva?
Poças – Sim, para mim e possível e fundamental que a arte seja um entretenimento. O ponto é ter espaço para todo tipo de arte e todo tipo de entretenimento.
PP – No show você faz tributo a mestres do samba como Noel Rosa e Vadico, essa linha de compositores é referência em sua carreira?
Poças – Sim, total. Na minha carreira e no meu prazer, na minha paixão por musica. Sempre ouvi os grandes mestres.
PP – Como você roteiriza seu show, você inclui músicas inéditas e propõe releituras?
Poças – Sim, e também aproveito coisas que aparecem nos ensaios. Acho divertido acontecer alguma improvisação.
PP – O show de estreia é o mesmo que irá apresentar em São Carlos? Como é composta a banda que o acompanha?
Poças – É muito semelhante, só que a gente vai mudando conforme as coisas vão acontecendo.
PP – No texto de apresentação do seu trabalho, há uma menção a falta de cantores no País, predominado por cantoras, qual o desafio como cantor para se estabelecer no mercado?
Poças – Não acredito em preconceito, acho que o desafio ainda é a qualidade artística. Por isso tento fazer o meu melhor sempre, com respeito e alegria.