Rodrigo Mello expõe obras inéditas em mostra individual
O artista plástico são-carlense Rodrigo Mello abre neste sábado, 23, uma nova exposição com quadros inéditos que trazem imagens abstracionistas produzidas este ano. Com o título ‘O Cavaleiro Azul em Marcha’, a mostra fica aberta até 6 de outubro no hall de entrada da escola estadual Álvaro Guião. A abertura do evento traz uma série de atividades a partir das 9 horas como: sarau de poesia e feira de livro até ao meio dia.
A artista irá apresentar nessa mostra o quadro ‘Prelúdio em Outono’ que traz, segundo ele, uma nova reflexão sobre a filosofia do grupo de artistas Cavaleiro Azul, que no início do século passado, liderado pelo artista plástico Wassily Kandinsky, propôs um rompimento do figurativo para o abstracionismo.
Mello começou a trabalhar com artes plásticas em 2000, após um rompimento com a carreira de administrador de empresa, e um trágico acontecimento no Rio de Janeiro, no qual ele ficou refém de assaltantes por várias horas.
O artista após esse episódio optou em viver novamente em São Carlos e através das terapias descobriu a pintura. “Uma amiga, naquele momento me fez descobrir que o artista tem de trabalhar o desapego ao material e sintonizar o pensamento no que é divino”.
Mello diz que vem criando seu acervo nessas décadas, ora com tinta sobre madeira, ora em esculturas. “Para essa nova mostra serão três quadros inéditos e outros mais antigos”.
Kandinsky escreveu o “Almanaque do Cavaleiro Azul”, que serviu tanto como defesa e promoção da arte abstrata, como uma prova de que todas as formas de arte eram igualmente capazes de alcançar o nível da espiritualidade.
Nesse contexto, Mello disse que foca nas questões da espiritualidade e energia na arte. “Meu principal objetivo é fazer com que o público possa despertar um novo olhar para a questão das artes plásticas visuais em um Brasil contemporâneo. Quero que as pessoas reflitam até que ponto é importante para elas terem acesso a outras manifestações artísticas além da dança, música e teatro. A ideia é que conheçam as artes plásticas contemporâneas que estão sendo desenvolvidas e reconhecidas na cidade e no país”, disse.
Mello também traz uma nova proposta no lançamento da mostra que é um abaixo-assinado pedindo a criação de uma lei que obrigue toda escola pública a ter um centro cultural e verba para difundir a cultura não só entre os alunos, mas ampliando à sociedade.
“É preciso que os governos ajudem os artistas a apresentar sua arte e estimulem os alunos a conhecer as várias formas de expressão da cultura”.